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A mostrar mensagens de março, 2023

A irmã caçula mais terrível

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                                          Certo dia, não me lembro quantos anos tínhamos, minha irmã recolheu uma meia do varal no quintal entrou pela cozinha e colocou em cima do armário rapidamente eu escondi atrás das costas segurando com a mão para trás Como não havia mais ninguém na cozinha além de nós, ela nem pergunta se eu peguei –Me dá! – disse ela. – Me dá o quê? – Eu séria. -A MEIA! -Que meia? -Não seja cínica, a que está na sua mão que está atrás das suas costas! -Não tem nada na minha mão atrás das costas. A mão é minha e deixo onde eu quiser! -Então mostra -Não sou obrigada.... -Meninas parem com isso! - Disse minha mãe. -Não estou fazendo nada, mãe! É a Santinha implicando comigo. -Mãe, preciso sair de casa, vou acabar me atrasando, fala para ela me dar minha meia!! Minha mãe chega perto para resolver o impasse, enquanto ela caminha na nossa direção jogo a meia rapidamente atrás do armário. Minha irmã grita: -Aí mãe, não falei que estava com essa idiota! Eu

Nunca viu comida não, Inácia?

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                              Minha mãe, uma senhora evangélica muito peculiar tinha uma amiga chamada Inácia, ou melhor: Irmã Inácia. Eu devia ter por volta de sete ou oito anos de idade, quando ela esporadicamente aparecia para visitar a família. Como uma típica família de periferia não tínhamos muitas guloseimas para degustar e, Irmã Inácia, sempre levava alguns doces e quitutes, por isso esperávamos ansiosa pela sua visita. Mas o que não esperávamos é que a mesma visita, tão ansiada e esperada com bolo fresquinho de Dona Maria -minha mãe. Também esperava ansiosa pela oportunidade de nos visitar e devorar inteiro( literalmente),  o delicioso bolo de fubá que mamãe  carinhosamente preparara para o lanche . Enquanto proseavam sobre vida, dificuldades e as ciladas de satanás, não sobrava nem migalhas na forma! Foi quando nasceu uma das dezenas de frases inesquecíveis da minha mãe:  Nunca viu bolo não, Inácia?! Como sempre tive fome sem fim, e gosto muito de comer. ouvia sempre: “Nunca